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Obra Gráfica Original » Técnicas
SERIGRAFIA
Na Serigrafia utiliza-se uma trama feita de tela de nylon, esticada num bastidor retangular. A partir da matriz efectuada pelo artista, cada tonalidade é separada, resultando uma imagem no bastidor. As áreas que não são para imprimir são bloqueadas permitindo que, por pressão de um rodo, a tinta chegue ao papel atravessando a trama apenas nas zonas não bloqueadas.
Este processo é repetido por cada tonalidade, significando que uma serigrafia com algumas dezenas de cores pode levar vários meses de impressão.
Existem testemunhos similares de impressão desde a Pré-história, onde nas paredes das cavernas podemos encontrar impressões negativas de mãos. Os japoneses e chineses também usavam este processo para imprimir sobre tecidos e papéis decorativos.
No entanto, foi nos anos 1950 que os artistas aceitaram plenamente a serigrafia como uma forma válida de comunicação. A Arte Pop, interessada nas imagens da cultura urbana, encontrou nesta técnica um meio adequado para a recriação dos seus temas.
A serigrafia é a técnica ideal para as composições de carácter plano, sem detalhes demasiado finos e de formato considerável, produzindo uma impressão densa, subtil e sedosa.
LITOGRAFIA
A invenção da litografia em 1798 deve-se ao alemão Aloys Senefelder. Utilizada no séc. XIX por pintores como Francisco Goya, Honoré Daumier e Édouard Manet, a litografia conheceu a sua máxima fruição artística no final desse século, com as impressões coloridas de Pierre Bonnard, Henri de Toulouse-Lautrec, entre outros. Pode ser considerada um dos meios mais directos de impressão, uma vez que as imagens são executadas numa superfície plana, tal como um desenho em papel, ou uma aguarela. O artista utiliza um lápis ou tinta gordurosos para criar a imagem intervindo directamente na pedra litográfica calcária de características especiais. Quando uma litografia está pronta para ser impressa, uma mistura química é aplicada em toda a composição, de forma a assegurar a retenção da imagem desenhada na pedra. Esta é então humedecida, sendo que a água bloqueia as áreas não desenhadas. A impressão da litografia é baseada na relação de repulsa entre a gordura e a água. Com um rolo, a tinta de impressão gordurosa é aplicada e apenas adere às zonas desenhadas, estando as áreas brancas protegidas pela fina camada de água. O papel é depois deitado sobre a pedra, prensado, e por arrastamento manual e uniforme, a imagem é transferida. Face à exigência do processo, o CPS orgulha-se de ter entre os seus colaboradores, mestre Marçal, uma das poucas pessoas em Portugal a imprimir litografia.
GRAVURA
As primeiras impressões artísticas de autor datam do séc. XV. No entanto, o ato de gravar já era praticado pelo homem pré-histórico para decorar pedras e ossos e os etruscos começaram a gravar metais 400 anos aC.
A impressão de uma matriz, talhada em relevo sobre madeira, foi largamente utilizada na antiga Pérsia, ou na China e Índia, para estampagem de tecidos. É a técnica artística com maior tradição e aquela que tem vindo a ter maior inovação.
Historicamente são referência algumas séries de gravuras de Mantegna, Dürer, Holbein, Lucas Cranach, Piranési, Rembrandt, Goya, Blake, Gauguin, Munch ou, no séc. XX, Picasso, Miró, Chagall ou Tàpies.
Tecnicamente, a matriz da gravura, concebida pelo artista, pode ser impressa de duas formas: em relevo (Xilogravura, Linóleo, …) ou em profundidade. Nesta última, a mais comum, utiliza-se uma placa de metal, cobre ou zinco, onde o artista através das várias técnicas directas (Ponta Seca, Buril, Maneira Negra, …) ou indirectas (Água-forte, Água-tinta, …) cria a matriz, aprofundando os pontos, as linhas ou as manchas da imagem. A matriz é tintada em profundidade de acordo com as opções cromáticas do artista e a imagem transferida, por pressão na prensa de gravura, para a folha de papel humedecido. A gravura impressa em profundidade distingue-se pelo facto de a tinta formar um ligeiro relevo sobre o papel. Os bordos biselados da placa que comprime o papel, imprimem na prova uma moldura rebaixada, o que lhe confere uma riqueza adicional.
FOTOGRAFIA
O recente reposicionamento da disciplina Fotografia no contexto da arte contemporânea, enquanto meio afirmado de criação plástica, levou o CPS a acrescentar em 2005, de forma pioneira, esta linguagem de verdadeira vocação múltipla, às técnicas tradicionais e a expandir o universo da imagem. Sendo a Fotografia uma das expressões mais emblemáticas do nosso tempo e uma das que melhor plasmam as suas contradições e conquistas, o CPS, ao optar por integrá-la no conjunto das suas edições, presta o seu contributo para a organização do grande arquivo dos rostos da modernidade em constante mutação e que assim permanecem na nossa memória.
ESTAMPA DIGITAL E OBRAS HÍBRIDAS
A Estampa digital é um meio relativamente novo de originar e imprimir uma imagem que utiliza a impressão digital numa fase avançada e consistente de desenvolvimento técnico: as tintas usadas têm a garantia de durabilidade e permanência ao longo de várias décadas e os suportes utilizados obedecem à qualidade exigida para a impressão tradicional (alta gramagem, boa percentagem ou 100% de algodão, “acid free” em diversas texturas). A imagem é criada pelo artista, total ou parcialmente, de forma digital, materializando-se no resultado final impresso. No Atelier CPS o artista dispõe de toda a liberdade criativa para utilizar qualquer uma das técnicas citadas ou potenciar a sua conjugação, originando as Obras Híbridas (Serigrafia e Xilogravura; Gravura e Estampa Digital, Litografia e Serigrafia, Colagem de fragmentos impressos, …). Por vezes opta por um diferente suporte do papel, todavia o mais expressivo e de grande durabilidade, criando obras sobre tela, seda, feltro, napa ou outros materiais.