Martim Brion (Lisboa, 1986) é considerado um dos nomes mais promissores da arte contemporânea em Portugal. Neto e filho de importantes artistas do panorama cultural, António Areal, Sofia Areal e Rui Sanches, viveu desde pequeno no seio do meio artístico.
Licenciou-se em Relações Internacionais e Ciência Política pela De Monfort University em Leicester, Reino Unido e, após um período de trabalho em Lisboa, no jornal O Público e no Ministério dos Negócios Estrangeiros, seguiu para Madrid onde fez o Masters in International Management no IE Business School.
Realizou trabalho na Roland Berger Strategy Consultants em Frankfurt e Dusseldorf, na Alemanha, e após um breve período em Portugal, voltou para Londres onde estudou Art and Business no Sotheby’s Art Institute, trabalhando depois na Galeria Gagosian e na Leiloeira Christie’s, assim como na Sutton PR. Já como artista fez um curso semestral no Royal College of Arts e expôs pela primeira vez em 2014, no espaço da Politécnica dos Artistas Unidos.
Foi distinguido com diversos prémios e bolsas, como a Bolsa para a Internacionalização pela Fundação Calouste Gulbenkian (2023/24) e Culture Moves Europe, pela União Europeia e Goethe Institute (2023). E a sua obra faz parte do acervo de importantes coleções, como Museum für Konkrete Kunst e Biblioteca Nacional Portuguesa.
Martim Brion faz recurso de meios como a fotografia, texto, escultura e pintura. A sua obra é uma combinação de vários interesses agregados, desde a utilização de referências literárias, a procura de uma forma polida e equilibrada na obra escultórica, passando pelo seu diário visual, exposto na sua fotografia ou o foco na obra criada digitalmente. Tem um interesse particular na reflexão sobre a prática da arte, a interpretação da arte e a sua relação com a sociedade em geral.
O curador e crítico João Silvério realça no seu trabalho uma vertente conceptual e minimalista, e o curador João Pinharanda refere que, Martim Brion herda esta herança, mas que a inova com jogo e ironia.