Técnicas de Obra Gráfica Original

 

 

GRAVURA

É a técnica artística com maior tradição e aquela que tem vindo a ter mais inovação. As primeiras impressões artísticas de autor datam do séc. XV.
Tecnicamente, a matriz da gravura é concebida pelo artista, tintada e, por pressão, a imagem é transferida para a folha de papel humedecido. Pode ser impressa em relevo (Xilogravura, Linóleo, …) ou em profundidade. Esta última, a mais comum, utiliza uma placa de metal onde o artista atua usando as técnicas diretas (Ponta Seca, Buril, Maneira Negra, …) ou as indiretas (Água-forte, Água-tinta, …).

 

ARTISTAS DE REFERÊNCIA:

Mantegna, Dürer, Holbein, Lucas Cranach, Piranési, Chagall Rembrandt, Goya, Blake, Gauguin, Munch, Picasso, Tàpies.

 

 

SERIGRAFIA

A serigrafia tem por antepassados diretos, a impressão em tecidos utilizada no Extremo Oriente, muito antes do princípio da nossa era. No Ocidente, foi nos anos 1950 que os artistas aceitaram plenamente a serigrafia como uma forma válida de expressão. A Arte Pop, interessada nas imagens da cultura urbana, encontrou nesta técnica um meio adequado para a recriação dos seus temas.
Na Serigrafia utiliza-se uma trama feita de tela de nylon, esticada num bastidor retangular. A partir da matriz efetuada pelo artista, cada tonalidade é separada, resultando uma imagem no bastidor. As áreas que não são para imprimir são bloqueadas, permitindo que, por pressão de um rodo, a tinta chegue ao papel atravessando a trama apenas nas zonas não bloqueadas.
Este processo é repetido por cada tonalidade, significando que uma serigrafia com algumas dezenas de cores pode levar vários meses de impressão.

 

ARTISTAS DE REFERÊNCIA:

Andy Warhol, Patrick Caulfield, Roy Liechtenstein, Robert Rauschenberg, Victor Vasarely.

 

 

 

LITOGRAFIA

Do grego lithos (pedra), a invenção da litografia em 1798 deve-se ao alemão Aloys Senefelder, tendo conhecido a sua máxima fruição artística no final do séc. XIX e na primeira metade do séc. XX.

Na litografia, o artista utiliza um lápis ou tinta gordurosos para criar a imagem, intervindo diretamente na pedra litográfica, de origem calcária.
Quando uma litografia está pronta para ser impressa, a pedra é humedecida uniformemente, sendo que a água bloqueia as áreas não desenhadas. A tinta de impressão, de base gordurosa, é aplicada com um rolo e apenas adere às zonas desenhadas, estando as não desenhadas protegidas pela camada de água. O papel é depois prensado sobre a pedra e a imagem transferida.

 

ARTISTAS DE REFERÊNCIA:

Honoré Daumier, Édouard Manet, Pierre Bonnard, Toulouse-Lautrec, Chagall, Miró.

 

 

FOTOGRAFIA

A Fotografia, no contexto da arte contemporânea, tem-se afirmado como uma linguagem de verdadeira vocação múltipla, associando-se às técnicas tradicionais.
Sendo a Fotografia uma das expressões mais emblemáticas do nosso tempo e uma das que melhor plasmam as suas contradições e conquistas, o CPS, ao optar por integrá-la no conjunto das suas edições, assume a sua reprodutibilidade técnica e presta o seu contributo para a organização do grande arquivo dos rostos da modernidade em constante mutação.

 

ESTAMPA DIGITAL

A Estampa Digital é um meio relativamente novo de originar e materializar uma imagem. A criação pelo artista é feita total ou parcialmente, de forma digital, concretizando-se no resultado final impresso.
As tintas usadas têm a garantia de durabilidade e permanência ao longo de várias décadas e os suportes obedecem à qualidade exigida para a impressão tradicional (alta gramagem, boa percentagem ou 100% de algodão, “acid free”, disponível em diversas texturas).

 

 

OBRAS HÍBRIDAS

No contexto da Obra Gráfica Original, o artista dispõe de toda a liberdade criativa para utilizar qualquer uma das técnicas citadas ou potenciar a sua conjugação, originando Obras Híbridas (Serigrafia e Xilogravura; Gravura e Estampa Digital, Litografia e Serigrafia, Colagem de fragmentos impressos, …). Por vezes opta por um suporte diferente do papel, criando obras sobre tela, seda, feltro, napa ou outros materiais.