Gracinda Candeias (n.1947, Luanda) é uma artista com um dos percursos mais marcantes da história da arte portuguesa. Filha de pai também pintor, José Marques Candeias, foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo vivido em Paris entre 1986 e 1988, onde teve como tutores Júlio Pomar e Eduardo Luis. 

Figura incontornável do panorama cultural português, é uma artista de múltiplos interesses, da pintura à cenografia, moda, rádio, tendo as suas performances sido marcantes nos anos 80 com o grupo Diaspositivos que criou com João d'Avila, Adelaide Colher, José Fabião e Michel Roubaix.

 João d'Avila, Adelaide Colher, José Fabião, Gracinda Candeias e Michel Roubaix (Grupo Diaspositivos)

Performance na Galeria Quadrum, 1980

Frequentou a Cooperativa Gravura onde aprendeu gravura com Mestre Hogan e serigrafia com o professor belga Dacos.

Tem colaborado como artista desde o início de formação do CPS com emblemáticas edições. Opta frequentemente por intervencionar com pintura as suas serigrafias, nomeadamente as edições sobre tela, tornando-as todas diferentes, exemplares únicos.

Gracinda Candeias, "Marinus", Serigrafia sobre tela intervencionada com pintura. 59,5x73,5 cm, 2021.

A sua pintura evoluiu entre uma figuração depurada e sensível e uma linguagem abstrata de inspiração oriental.

Gracinda Candeias, Série "Primaveril", Serigrafia sobre tela intervencionada com pintura, 60 x 74,5 cm, 2015.

Ao longo da sua carreira, Gracinda Candeias participou em mais de 500 exposições em cidades como Paris, Bruxelas, Madrid, Macau, Luanda, Brasília e Pequim. O seu trabalho encontra-se representado em diversos Museus e coleções privadas, em Portugal e no estrangeiro.

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Fotos:Gracinda Candeias no Atelier CPS